quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Turning Tables



Perfil: Adele

O novo fenômeno da música pop internacional. Assim podemos definir Adele Adkins, 23 anos. Nascida no subúrbio de Londres, a jovem cantora nunca se deu conta de seu enorme talento, até hoje se define como uma cantora comum, de músicas simples e que chegam direto ao nosso coração. Dona de uma voz rouca e potente, elogiada pelos maiores críticos de música do mundo, Adele encontrou o sucesso através de publicações de sua música numa página do MySpace, rede social com pouca visibilidade dentro do Brasil. Logo a menina inglesa foi descoberta por gravadora que ficaram interessadas no seu trabalho. Aos 19 anos, Adele lançaria seu primeiro álbum, intitulado 19, e arrasaria o mundo com sua marcante personalidade.

Dentro de seu sorriso escandaloso, a londrina guarda uma enorme timidez. Segundo ela, a sensação de estar em cima de um palco, encarando milhares de pessoas, se assemelha a morte. Exagerada? Talvez. A questão é que os belos olhos azuis de Adele não enganam, não passam nada mais do que ela quer passar. E não foi através dos olhos que Adele ganhou o mundo, foi através da voz.
O ano de 2011 foi o ano da cantora, ganhadora de dois prêmios “grammy” pelo primeiro álbum. Nesse ano, Adele lançou seu segundo álbum, dessa vez recebeu o nome de 21, idade que compôs as músicas do CD, e contrariando a visão de muita gente, o mais recente trabalho de Adele foi um estouro. Do primeiro lugar nas paradas de sucesso em 17 países até a venda de mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo. Adele estava fadada ao sucesso.

A canção “Rolling in the Deep” conquistou pessoas de todas as idades. Onde quer que você olhasse a canção estava na boca de idosos e crianças, vídeos de anônimos tentando imitar Adele, convites para participar dos mais diversos festivais e programas televisivos de dezenas de países. Adele não se rendeu ao sucesso estrondoso e a fama enganosa. A cantora, do alto de sua humildade latente, preferiu andar a passos de formiga. Iniciou uma turnê na Inglaterra e nos Estados Unidos. Logo em seguida, veio a explosão de seu segundo single, “Someone Like You”.
A música sempre esteve presente na vida de Adele, mas nunca foi encarada como uma profissão. Após três desilusões amorosas seguidas, a jovem buscou uma forma de superar a dor, e foi na música que ela encontrou. Todas as composições de Adele beiram a pedância amorosa, costuram o coração dilacerado, entrega de bandeja a condição desumana do fim de um relacionamento e, em algum momento, foram responsáveis pela superação da cantora. Adele diz que no seu caso funcionou e espera estar ajudando mais pessoas ao redor do mundo. Quem nunca sofreu de um coração partido? Cada um se cura como pode. Adele colocou no papel todo o seu sofrimento e conquistou um mundo inteiro de fãs.

Recentemente, a cantora foi questionada sobre o seu peso, afinal Adele não está nos parâmetros mundiais de beleza. A resposta foi simples e bastante curiosa. “Se eu quisesse mostrar meu corpo eu não cantaria, eu posaria nua. Eu não quero aparecer na capa da Vogue e, sim, na capa da Rolling Stone”. Com toda essa ciência de seu posto na música, Adele se inspira em cantoras que tiveram uma vida regrada a desgraças e altos e baixos, como Amy Winehouse, Etta James e June Carter. Segundo a cantora, o importante é o que você tem a acrescentar na música, na vida das pessoas “e não o que você faz na sua casa entre quatro paredes”.

Nesse momento, o CD de Adele está em primeiro lugar de vendas em 15 países, inclusive o Brasil.
Vozeirão que gruda na memória, rosto de princesa, Adele veio pra ficar.

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